MULHER, ECO DO SEU PRÓPRIO NOME
Arregaçando a alma
Perguntas o que é a distancia
Será que o amor tem alguma importância?
E crescem as estações na ilha
Numa absorta espera
Deixando cair na água sementes do olhar
Só um tolo é capaz de
sozinho saber amar
Regresso a outras insondáveis agitações
Esculpi num banco desbotado dois corações
Ouvi com semblante triste
A música das pedras se erguendo
É apenas o olhar... Do poeta
E, pateticamente este pateta
Perdido no céu das utopias
Tal como gaivota poisada
Entre o sonho e o azul do mar
Mas nada mais me consome
Apenas uma paixão
Será uma mulher apenas
O eco do seu próprio nome
"Não sou alegre nem sou triste: Sou poeta."
ResponderEliminarNeste poema não... o poeta sente falta de consumar-se no ser que o consome. Será ela apenas um eco que em ti encontrou morada? A imagem me diz que ela também consome-se, deseja, mas, seu olhar não sofre... essa é a dor da distância... Amar é um ato de fé.
É um poema lindo, muito sentido, esperando por acontecer e doendo por ser apenas sonhado. Foi assim que o senti...