PEDRA DE AGUA
Voei sobre o orvalho
Atirei palavras quietas ao mar
Qual a idade para um homem amar uma mulher?
Qual a idade de plantar ventos
De beber um taça de absinto, galgar o sonho?
Na ilha o amor floresce na nostalgia
Sobre as pétalas azuis das hortênsias
Errantes são as saudades
Lavarei os pés das feridas
Na cintilação da espuma desenharei teu rosto
Rezarei para o mundo parar em ti
Caminhando até ao sol posto
Na distancia infinita onde mora a tua voz
O teu rosto, a tua voz o vinho
Teus seios o pão
Teus olhos luzeiros
Que me arroxam o coração
Na cálida leveza de uma antiga mágoa
Sentei-me na tua espera
Nesta Pedra de Agua...
ResponderEliminarPalavras de um amor resiliente em sua espera, mas não em seu sentir... palavras do homem mais que do poeta. Me emocionou...
Quem fala, o homem? O poeta?O alquimista? Com todo o seu soberano saber; que encanta a dor, que ama ainda (e sempre), na imensidão do caminho de quem espera. De quem espera sempre nessa "Pedra de Água" que pode ser cristalina e doce como um murmúrio de amor. Agreste e dura como a tempestade da solidão. Feliz a eleita que tem um Poeta à sua espera enfeitiçando as palavras e entrelaçando estrelas.
ResponderEliminarQue poema! Como sempre obra de mestre.