OS INAUDÍVEIS SEGREDOS DO AMOR
Tão quieta ouves o mar
Tu, que és ave planando na espuma
Pássaro de asa ferida
Na ternura de ninho de primavera
E sentes o torpor da terra na respiração
Numa ilha descoberta em teus olhos
Entre os sonhos e o leve cantar do mar
Estes passos perdidos na maré
Este lenço de água sobre os teus olhos
Uma rua de sombras frescas
A translúcida saudade no teu coração
Um gesto de Mão
O desenho de uma paixão
O levitar de um abraço que se queda num laço
E então vinhas
Entregando o templo do teu corpo
Aberto em cacho de uvas maduras
Vinhas por este jardim onde o sonho
E maior que as palavras
Trazendo o fogo, ausente a dor
Para aconchegados na voz um do outro
Sentir, Os Inaudíveis Segredos do Amor...
As vezes precisamos nos perder para nos encontrar... Mas, há um lugar no outro, um ao Norte, com asas feito sonhos, palavras como ilhas para descansar, A voz como um farol e... tudo que só a eles pertence... ali... onde o coração pode tocar e sentir.
ResponderEliminar"Trazendo o fogo, ausente a dor
ResponderEliminarPara aconchegados na voz um do outro
Sentir, Os Inaudíveis Segredos do Amor...". Serão inaudíveis os segredos de amor, Poeta? Ou serão, apenas, murmúrios do vento roçando, ao de leve, as copas das Criptomérias, ou os requebros suaves do profundo azul em areais doridos? Ou, quiçá, o pio solitário do milhafre sobrevoando o tempo, a bruma, o sonho...
Que possas ouvir sempre esses "inaudíveis segredos" no silencio do teu coração.
Beijo de luar