VÃ OFUSCAÇÃO


 Dancei nos rumores do teu corpo
Tuas roupas, folhas latejantes, quentes
E senti a febre nostálgica das hortênsias
Devagarinho matei as palavras de dor
De mansinho esculpi em ti o amor
E tu...
Divagando nos voos do olhar
Habitando um jardim sem estações
Fraquejando sobre uma acácia rubra
Com um desenho de dois corações
Gaivota minha, garça alva mirando-se na lagoa
Nas conteiras tua voz é orvalho
Na espuma do mar és andorinha de doce olhar
Soubeste ouvir o sonho, não soubeste sonhar
Descalça nas crespas águas do tempo
Eu para acender a felicidade em ti
Só preciso de um momento
Para chegar ao teu coração e não ser

Uma, vã ofuscação...

Comentários

  1. "A arte de amar é a mesma de ser poeta".

    Geo

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  2. Que o amor saiba sonhar; apenas ouvir o sonho é amordaçar a vida. Não passa de sombras de luas, lembranças de risos, promessa de beijos, e sonho de orvalhos intemporais.
    Acende, sim, com a alquimia das palavras, a felicidade, para que jamais sejas uma "vã ofuscação".

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