100 ANOS DE ESPERA E SOLIDÃO
Dancei sozinho rente ao adeus
Nos anos de amor e pão escasso
Sonhei contigo
De olhos presos á ondulação das ribeiras
Respirando o ar duro da saudade
Amando no verbo verdade
No silencio das flores rezei contradições
Em lugares que emanavam outra existência
Foste sonho e presságio
Foste mar em doces agitações
Crepúsculo onde dançam sombras e emoções
Em ti toquei cada instante
Em ti desenhei borboletas e primaveras
Semeei sementes do teu olhar
Abracei-te numa dança de aconchegar
É tão difícil amar...
Não consigo responder ao eco da dor
Saí do mundo de agitações
Ouvindo o mar na emoção das marés
Adejando o meu arroxado coração
Passaram tempos, vida pelos olhos húmidos da memória
Enquanto o tempo viajava
Em 100 anos de espera e solidão...
É difícil sentir o tempo inexorável... Sabe, neste anos, fui conhecendo algumas músicas do seu país e houve uma que me fez chorar certa vez... lembrei dela agora...
ResponderEliminar"Sem pensar
Não vi-te, passavas
Pelo meu corpo
Não ficavas"
Amar é difícil sim... sinceramente, nem todos amam ou estão disposta a...
Você nunca desiste, passe o tempo que passar, por dentro de si, diante dos seus olhos, nunca li um poema que, mesmo descrevendo seu sentir, sua dor, não houvesse nele amor... como este.
Fico feliz que existas e que, mesmo com tudo, ainda ame, ainda escreva, ainda seja você.
Quem ama, ama com tudo, ama com a totalidade de si mesmo; ou não é amor.
ResponderEliminarO Poeta ama com as palavras, mas o homem tem que amar com a alma, com o coração, com as mãos, os olhos, os sentidos, tem que amar com tudo o que é e tem. Ou não ama de todo.
Passem 100 anos, ainda que de espera e solidão, passem 100 segundos, ainda que suspensos na poeira do imponderável; só quando cortares as amarras da dor, só quando lavares a alma, purificares o coração e abrires a janela do querer o AMOR poderá ocupar o lugar da "espera e da solidão".
Resta saber.... quando permitirás que isso te preencha.... Só o Alquimista poderá ter a resposta, ou.... o tempo.
Continua a ser quem és Poeta maior.
Beijo de luar