O PRINCIPIO DA ETERNIDADE
Amanheceu na ilha
Emergi das cinzas tal como Fénix
Senti os suspiros dos pássaros
Habitando as árvores do dia
E fiquei aqui no lugar onde bate o coração
Olhei para o amor perdido nas marés
Toquei a espuma num gesto de lentidão
Fiquei preso onde o homem busca as margens do sonho
Para escrever as páginas de um novo amanhecer
E fechei os olhos para te ver...
Como se não importasse mais nada
Desenhando sombras com a luz ás costas
Pedi desculpa, perdão de mãos postas
Estendendo-me aos pés do teu templo
Amando-te na tua condição de água
Sem tristeza, dor ou mágoa
Inventei para nós uma mágica cidade
E comecei a construir o amor
No principio da eternidade...

Quando criança sonhava ser o outro lado do espelho um mundo paralelo ao meu. Um onde, talvez, haveria a mesma casa, as mesmas pessoas, os mesmos móveis, mas, escolhas completamente diferentes. Naquela época, pensava que lá haviam feito escolhas melhores. Ao ler seu poema, percebo muitas escolhas, vejo um homem criando seu mundo, imergindo em si mesmo para emergir de sua própria história, seja ela qual for. É preciso coragem e muita paixão para, diariamente, "emergir de si mesmo" e amar seja qual for o lado do espelho. Obrigada! De coração.
ResponderEliminarGeo
Sempre que na ilha amanheça, emerge das cinzas, reinventa um lugar onde apenas a esperança e o amor acolham as almas e adocem os corações.
ResponderEliminarNão fiques preso em teia alguma; um poeta tem asas para voar, tem sonhos para construir e tem todo o firmamento para Ser.
E, quando amares, que seja na totalidade, que seja na plenitude. A forma de água, a forma de folha, a forma de lagoa ou nuvem ou gota chuva. Quando amares que seja em todas as formas, já que constróis o amor no "principio da eternidade", então torna-o eterno.
Beijo de luar