RI PALHAÇO
Na metamorfose do tempo
Bebi água da lua
Juntei pedaços do espelho da memória
Dancei uma valsa deslumbrante
Chorei um perdido amor de uma triste história
Fiz alquimia com o poder da água
E na ortografia do olhar
Senti vontade de te amar
Com o sol entre os joelhos
Toquei a tua silhueta entre as rosas do silêncio
Levantei a água dos teus cabelos
Sussurrei palavras de emoção
Ao teu coração...
Corri perdido pela ilha a fora
Sem querer ir me embora
Talvez eu seja o verbo que evoca o amor mais raro
Ou apenas um palhaço que chora
Coroei-me com uma coroa de sementes mortas
De mãos postas rezei tomado pelo cansaço
Não chores mais
Ri, ri...palhaço
"Se eu não puder te esquecer
ResponderEliminarMando dizer numa flor
Mando uma estrela avisar
Que o velho amor acordou
Se não puder me esquecer
Basta dizer por aí
Quando você sussurrar
Meu coração vai ouvir"
(Moacir Franco)
Este é o trecho de uma música que me veio imediatamente aos pensamentos quando li este poema... não temos como saber de quase nada, por isso, ainda bem as lágrimas... Por isso, ainda bem o riso, que rompe a esperança como o sol as nuvens... Ainda bem a dualidade de tudo, jamais saberíamos do doce sem o sal.