AO ENCONTRO DO TEMPO PERDIDO
Segui passos na areia
As gaivotas nunca se apartam do mar
Ouvi os dias que se foram
Com os lábios secos de palavras soletrei o amar
Tenho saudades do teu peito
Das amoras maduras
Das borboletas das ribeiras
Ouvir o tempo no vento
Os anjos de água levitarem no ar
Da cor do amor no olhar
No sonho maior a ti chegar
Arrastei-me por entre o silêncio
Quando se ama a flor, a mulher
Também se ama Deus
Nesta longa caminhada
Algures sorriu o meu cansaço
Percorrendo o meu corpo por dentro
Sempre viajou um choro contido
Ao encontro do Tempo Perdido
O Poeta ama, o Poeta sofre, o Poeta diz.
ResponderEliminarMas, Poeta, para quando o "poeta VIVE"?
Não chores, ou se chorares que não te contenham barreiras, nem medos. Porque se ainda caminhas em direcção ao "Tempo Perdido", é porque acreditas que não está, de todo, perdido.
Então continua a caminhada, continua o sonho, não te percas, não te apartes da capacidade imensa que é amar.
Poema entre a tristeza e a esperança, pontuado da saudade, que não queres, mas agrilhoa o teu olhar.... Só tu podes mudar de um tempo perdido para um (re)encontrado.
Continua a soletrar o amar...
Beijo de luar
Se Einstein fosse descrever a teoria da relatividade em forma de poema poderia, certamente, se inspirar no amor que sente e neste. Sempre estamos ao encontro do tempo, mas, nunca o sentimos tanto como quando estamos cheios de amor e saudade!
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