O AMOR DEIXA SEMPRE UMA MARCA
Não posso dar-te a mão
Cheguei tarde ao encontro das marés
Vim num raio de luz
Não tenho asas, um pássaro tomou-as
No canto dos anjos da madrugada
Rezei sentado numa pedra
Pedi perdão, misericórdia, não obtive nada
Nasceste na ilha
No voo do olhar
Qual é o teu nome...mulher?
Por ti...
Casei saudades e solidão e parti o coração
Por ti
Construi entre ruinas
Sei que o Sol e o mar existem
Também sei que te perdi e morri
Contei as estrelas para te encontrar
Perdi a conta das sereias do mar
Aportei a uma baia de areia lisa e farta
Segui as marcas de tuas pegadas
E percebi que O Amor Deixa Sempre Uma Marca
Sim, o Amor deixa sempre uma marca. De fogo, de gelo, de sonho, de solidão de encanto e desencanto. De paz e de guerra, de luz e de trevas.
ResponderEliminarNão te limites a seguir as marcas das pegadas do Amor, é tão pouco para quem ama. Não te limites a deixar o coração bater desregrado no peito, para que não seja verdade que "também sei que te perdi e morri". Quem ama a sério, Poeta, não perde nem morre; luta, cresce, encarniça-se para que, no final, o Amor não seja somente uma marca.
Constrói, sim, não entre as ruínas, mas sim ao sol nascente.