O APANHADOR DE ESTRELAS DO MAR
Embriagado de sorriso e cansaço
Bifurcando a alma de um diamante de sal
Ouvindo o badalar majestoso do tempo
Encontrei a tua voz
No murmúrio surdo das árvores
No sereno beijando uma rosa breve
Enquanto um pássaro cantava uma prece
Algures sonhei...
Com a tua fotografia desbotada de luz
Algures senti uma chama tua que seduz
E nos vestígios dos últimos sonhos
Encontrei-te numa casa da memória
No topo do vento
E, vestido de vontade, pintei o sentimento
Parei no jardim dos ventos
Aprisionei um belo e singelo momento
Descansei em ti no regresso inicial
Esqueci o resto do mundo
Ouvi subir o canto do mar profundo
Parei a contemplar o cicio e a aura dos segredos
Lembrei-me num instante do teu nome chamar
Perdido nas marés
Este, Apanhador de Estrelas do Mar
Bebe o vinho da taça da vida, ainda que o cansaço se adentre pelo peito. Jamais percas a voz do ser amado no sussurro da árvores, que choram sobre as águas de uma perdida e silenciosa lagoa. E sonha, Poeta, sonha tudo o que o teu coração, de gaivota eterna, se lembrar, e sonha também o infinito, o Alto e o sereno, sonha a vida em cada palavra que teceres com mãos de mago.
ResponderEliminarDeixa as estrelas brilhar no "instante de chamar o seu nome, perdido nas marés.... Sê, sempre, um apanhador de estrelas do mar".
Dá vontade de mergulhar nas tuas palavras.... Belo, imensamente belo!